Exposição na Oca traz corpos humanos reais "plastificados" mostra estará no primeiro andar da Oca, que receberá em seu subsolo, na mesma época, a exposição "Leonardo da Vinci - A Exibição de um Gênio". Quem comprar ingresso para um terá desconto de 20% no outro evento.
"Corpo Humano: Real e Fascinante" terá em São Paulo 16 cadáveres de homens e mulheres e 225 órgãos dissecados --em Nova York, foram 22 corpos, incluindo fetos, e 260 órgãos. Inglaterra, Coréia do Sul, México e Holanda já abrigaram a exposição, criada por Roy Glover, professor de anatomia e biologia celular da Universidade de Michigan.
Os tecidos dos cadáveres passaram por um processo que lhes deu aparência e textura de plástico. Chamado polimerização, o procedimento foi supervisionado por Glover (também diretor-chefe do Laboratório de Preservação Polímera da universidade) e realizem em diversas etapas. Os corpos foram inicialmente embalsamados para preservação dos tecidos. Depois passaram por uma desidratação por imersão em acetona. A substância preencheu o corpo no lugar dos líquidos corporais e foi posteriormente eliminada como vapor em uma câmara a vácuo. Em seu lugar, foi aplicada uma solução de polímeros em silicone líquido. A finalização do processo se deu com a aplicação de um composto que enrijece o silicone, dando aos tecidos uma consistência plástica.
O procedimento permite selecionar as cores desejadas para cada parte do corpo, que se torna inodoro, e garante longa durabilidade aos tecidos.
Setores:
O público poderá tocar em determinadas peças da exposição, que será dividida em nove setores. O primeiro é "Esqueleto", com a estrutura óssea dos humanos e suas mais de cem juntas. Os sistemas muscular, nervoso, respiratório, digestivo, urinário, reprodutor e circulatório também têm seus espaços.
Já o setor "O Corpo Tratado" mostra a preservação de um corpo saudável graças aos avanços das pesquisas médicas e tecnológicas, com destaque para próteses e equipamentos que auxiliam os médicos na sala de cirurgia.
Polêmica:
No exterior, a utilização de corpos humanos em uma exposição não foi o único motivo para polêmica. Houve discussões sobre a origem dos cadáveres, fornecidos pela Escola Universitária de Medicina de Dalian (norte da China) --chegaram a ser levantadas especulações, nunca comprovadas, de que os corpos seriam de criminosos executados.
Os organizadores afirmam que os corpos são de pessoas que tiveram morte natural e em vida optaram por participar de um programa de doação em benefício da ciência e da educação na China.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br